quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tropeçou na ansiedade !

     De um lado, uma equipe que marcava sua volta à Taça Libertadores após 11 anos. Do outro, o time que disputava sua partida de número 326 na competição – o recordista do torneio –, dono de três títulos e que compete pela 16ª vez consecutiva (39 vezes no total).
      O Vasco terá de esperar quase um mês para buscar a reação no torneio sul-americano. No dia 6 de março o time joga novamente em casa, desta vez contra o Alianza Lima, do Peru.
      Quando a bola rolou, a ansiedade se manifestou na forma de nervosismo. Perdido em campo, o Vasco apenas olhava o Nacional tocar a bola e chegar ao ataque com relativa facilidade. O time brasileiro se mostrava perdido na marcação e deixava pelo menos um adversário livre para receber a bola. Mas, por sorte, os uruguaios falharam nas tentativas a gol e, aos poucos, a equipe da casa equilibrou a partida.
      Mas o clima de apreensão começava a tomar conta de São Januário. A torcida, até então empolgada, se calou. Até que o Vasco acertou sua marcação e teve sucesso chegando ao ataque pelas laterais. Passou a pressionar o Nacional, mas pouco arriscava ao gol. 
       A pressão do Vasco durou pouco tempo. Sem se abalar com a momentânea inferioridade, o Nacional esperou o momento certo para investir novamente no ataque. Calzada e Viudez se aproveitavam da inexperiência de Max e incomodavam pelo lado esquerdo. Depois de duas claras chances de gol perdidas em ocasiões em que a marcação vascaína se desencontrou, o time uruguaio abriu o placar aos 29 minutos.
       O Vasco sentiu o golpe e, nervoso, passou a errar muitos passes. O Nacional se segurava valorizando a posse de bola e usando a velha catimba. Diego Souza, em grande jogada  individual, sofreu falta dura na entrada da grande área, aos 45 minutos. Especialista, Juninho cobrou mal, e Burián não teve problemas em defender.
        O alugado placar eletrônico de São Januário estampava o bordão “O Vasco é o time da virada”. Mas o que se via em campo eram jogadores apáticos, que apenas observavam a movimentação adversária.
         Sem apresentar reação, o Vasco não conseguia se articular para criar uma jogada de ataque consistenteO Nacional se fechava atrás e encontrava muitos espaços para contra-atacar, aproveitando-se das subidas desorganizadas de seu adversário.À medida que entendeu que precisava apostar na qualidade dos passes para levar perigo ao Nacional, o Vasco passou a chegar à frente com mais consistência diminuindo a desigualdade.
          E foi assim, fazendo valer sua experiência na Libertadores e se aproveitando do nervosismo do Vasco, que o Nacional se segurou e garantiu a vitória em São Januário.
 Maay Aveiro



Nenhum comentário:

Postar um comentário