quarta-feira, 23 de maio de 2012

Foi nos pênaltis, mas foi bonito ! 

   Foi dramático, mas o Vasco conseguiu se classificar para as quartas de final da Libertadores após vencer o Lanús por 5 a 4 nas cobranças de pênaltis. No tempo normal, o placar foi 2 a 1 para os argentinos, mesmo resultado do Vasco São Januário. Nas penalidades, Felipe, Juninho, Carlos Alberto, Renato Silva e Alecsandro marcaram os gols. Do lado argentino, Romero carimbou o travessão e foi o único dos dez batedores a perder. 
   Durante os 90 minutos, o Vasco viveu altos e baixos. Nilton, escalado no lugar de Felipe, abriu o placar com um belo chute do meio da rua no primeiro tempo. Mas o time carioca recuou muito na segunda etapa, permitiu a virada e precisou disputar a vaga na marca da cal. 
    O técnico Cristóvão Borges optou por escalar uma formação mais defensiva para jogar na casa dos argentinos. Desta forma, Felipe foi o escolhido para ficar no banco de reservas e dar lugar a Nilton. Juninho começou entre os 11. Apesar de o time demonstrar mais dificuldade para sair com qualidade do campo de defesa para o ataque sem o camisa 6, o Vasco controlou bem a partida no início.
    E coube ao escolhido de Cristóvão dar tranquilidade ao time. A zaga do Lanús cortou mal, Juninho pegou o rebote e tocou para Nilton. O volante pegou de primeira uma bomba (97km/h) que foi parar no canto direito do goleiro. Na comemoração, chorou.
    Apesar da necessidade do Lanús de correr em busca da vitória, o Vasco manteve maior posse de bola do que o adversário e levava perigo nos contra-ataques. Fagner teve boa chance pelo lado direito, mas se enrolou ao cortar para o meio dentro da área e tentar a finalização de perna esquerda. Diego Souza também teve a sua oportunidade. O camisa 10 balançou na frente do marcador e tentou surpreender com um chute colocado no ângulo, mas errou o alvo. 
   O Lanús pouco criou. Pavone e Camoranesi chegaram a ameaçar, mas Regueiro, novamente foi o mais perigoso. Nas costas de Fagner, o jogador do time argentino desviou de cabeça à direita do gol de Prass. Na primeira etapa, o Vasco finalizou sete vezes, enquanto os donos da casa chutaram seis.

    O Lanús voltou do vestiário disposto a ir para o tudo ou nada e adotou uma postura mais ofensiva com a entrada de Teófilo Gutiérrez no lugar de Pizarro. O jeito que o time argentino arrumou foi cruzar bolas na área do Vasco. Renato Silva, Rodolfo e, principalmente, Nilton, iam afastando do jeito que era possível.
   Mas o crescimento do Lanús, que já se refletia na inversão da vantagem da posse de bola, resultou em gol. Valeri deu bom passe para Pavone, que, dentro da área, se livrou de Prass e mandou para a rede: 1 a 1. No lance, Regueiro puxou a camisa de Renato Silva, mas o árbitro não observou.
   A pressão do Lanús ficou ainda maior, e a bola não parava de rondar a área vascaína. Valeri e Gutiérrez tiveram boas chances em bate-rebates dentro da área, mas não conseguiram finalizar bem. Neste momento, o Vasco se limitava a dar chutões na direção de Diego Souza e Éder Luis.
   Diante do domínio do Lanús, Cristóvão colocou o volante Allan no lugar de Diego Souza para tentar deixar o meio de campo mais equilibrado. Os argentinos, no entanto, seguiram no ataque e sempre com perigo para a meta de Prass. Quem assustou o adversário pelo lado cruz-maltino foi Juninho em cobrança de falta que o goleiro Marchesín defendeu bem.
   A pressão do Lanús surtiu efeito. Velázquez mandou uma bomba de fora da área, Prass deu rebote, e Gutiérrez só empurrou para o fundo do gol. Com a decisão indo para os pênaltis, Cristóvão apostou em Carlos Alberto e Felipe nos lugares de Éder Luis e Diego Souza, mas não havia tempo para muita coisa.
   Na disputa das penalidades, o Vasco foi perfeito. Com o erro de Romero, coube a Alecsandro fazer a cobrança decisiva, estufar a rede e festejar que nem louco no alambrado com a torcida vascaína no La Fortaleza.



Nenhum comentário:

Postar um comentário