sábado, 8 de fevereiro de 2014

Nossos Ídolos: Juninho Pernambucano
Essas últimas duas semanas só se falou dele, após anunciar sua aposentadoria Juninho Pernambucano virou o foco em São Januário. Há comentários que o programa de Sócios, o Vasco é Meu, ganhe um projeto especial em homenagem ao Reizinho da Colina, mas nada mais justo que essa semana a coluna Nossos ídolos homenagear quem fez tanto não só pelo Club Vasco da Gama, mas por nós torcedores.
Antônio Augusto Ribeiro dos Reis Júnior, o nosso Juninho nasceu em 30 de Janeiro de 1975, recentemente completou 39 anos. Atuando como meia de criação, foi ídolo em Lyon na França e no Vasco da Gama. Ele é considerado pela France Football o terceiro melhor estrangeiro a passar pelo futebol Francês, já que esteve em sete conquistas nos 8 anos que jogou pelo Lyon, clube que passou anos sem conquistar nada. Foram 100 gols em 344 partidas.
Considerado "o maior cobrador de faltas da história do futebol mundial" pelo físico inglês Ken Bray, Juninho tornou-se ídolo em todos os clubes onde passou. Sua passagem só não foi muito feliz pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2006.
Bray havia lançado o livro “How to Score: Science and Beautiful Game” ("Como marcar: Ciência e jogo bonito”, em português) no qual elogia as qualidades do Reizinho.
- Juninho, para mim o melhor, alcançou a perfeição com quase 30 anos - escreveu Bray. 

Ø  Vamos relembrar a carreira do Juninho:


  
Sport Recife – O Descobrimento
          Juninho foi revelado nas categorias de base do Sport Recife, onde chegou aos dezesseis anos. Apesar de ter sido aprovado no vestibular para o curso de Administração de Empresas, Juninho, depois de permanecer durante quase três temporadas nas divisões de base do clube, optou pelo futebol e fez sua estreia na equipe principal em 11 de novembro de 1993, tem como ídolo Bruno Rossini, entrando no decorrer do segundo tempo do empate em 0 a 0 com o Fluminense. No clube, fez parte da "geração de ouro", ajudando o clube a conquistar o título estadual e a Copa do Nordeste em seu segundo ano como profissional.
           Suas atuações com a camisa do Sport, começaram a chamar a atenção dos grandes do futebol brasileiro. Não demorou muito e Juninho acabou recebendo uma proposta do carioca Vasco da Gama, que foi aceita. Com um início difícil, principalmente, por ter chegado como um "contrapeso" do atacante Leonardo, logo acabou se tornando um peça fundamental e estrela da equipe.
Vasco da Gama – A Revelação                                                
        Esteve presente em todas as maiores conquistas do clube, com participações fundamentais nos dois últimos títulos brasileiros do clube, Juninho tornou-se ídolo máximo quando marcou o gol contra o River Plate que garantiu a presença na final da Libertadores de 1998, conquistada posteriormente sobre o Barcelona de Guayaquil. Esse tento rende até hoje, após sua saída do clube, uma canção, cantada pela torcida mencionando o feito.
         Também viveu um grande momento em sua carreira defendendo o Vasco em 1999, quando se tornou o primeiro jogador na história a disputar duas partidas em países diferentes no mesmo dia. Isso aconteceu em 7 de setembro, quando após entrar no segundo tempo da vitória Brasileira sobre a Argentina (4 a 2), disputada em Porto Alegre, embarcou para Montevidéu e, após um voo problemático, conseguiu chegar ao Uruguai a tempo de entrar no segundo tempo da partida contra o Nacional, pela Copa Mercosul. Apesar de todo o esforço de Juninho, o Vasco acabou perdendo por 3 a 0.
          Na Copa Mercosul, Juninho esteve presente numa das mais épicas vitórias do futebol brasileiro: após uma vitória para cada lado na final do torneio, houve uma terceira partida. Após sair perdendo por 3 a 0 no primeiro tempo, a equipe cruzmaltina conseguiu virar a partida, que terminou 4 a 3, e mais um título na carreira do já vitorioso Juninho. Logo após a partida, Juninho comentou:
Ninguém imaginava que o Vasco iria virar aquela partida. Mas acreditamos.

— Juninho Pernambucano
          Uma das principais estrelas do Vasco, Juninho continuava com um dos mais baixos salários do elenco. Após não conseguir um aumento com a direção, resolveu ser o primeiro jogador brasileiro a entrar na justiça após o fim da Lei do Passe. Essa briga judicial se prolongou durante quatro meses, sendo que Juninho ficou sem atuar durante esse período. Sua situação mudou quando o treinador do Lyon, Jacques Santini, indiciou sua contratação, em 2001. Por meio de uma liminar, Juninho conseguiu se transferir.
Lyon – A Consagração
       Mesmo tendo saído pela "porta dos fundos" do Vasco, e ter ficado durante algum tempo sem atuar, Juninho chegou com moral no clube francês, que na época, apesar de ser o atual vice-campeão nacional, não era muito conhecido do Brasil, e até mesmo na Europa. Sua intenção era apenas se estabelecer no futebol europeu, o que aconteceu logo em sua primeira temporada: com um elenco limitado e, mesmo fazendo sua estreia no futebol local, Juninho foi muito importante na conquista do inédito título da Ligue 1.
        Sua temporada seguinte foi ainda melhor, conseguiu conquistar o segundo título consecutivo na Ligue 1, além de terminar como artilheiro da equipe na temporada. E não parou por aí: na temporada seguinte, o terceiro título, dessa vez Juninho não terminou como artilheiro da equipe, mas foi o principal jogador. De um clube modesto e desconhecido, o Lyon virara a maior força no país, tendo Juninho declarado a imprensa mais tarde:
Quando fui jogar na França, no Brasil só se conhecia o Paris Saint-Germain e Olympique de Marselha. Ninguém nem conhecia outro clube.


— Juninho Pernambucano
        Após essa temporada, Juninho foi eleito o melhor estrangeiro de 2004 do país e eleito para a seleção do torneio pela revista France Football, além de ser considerado a personalidade do ano da cidade de Lyon. Nesse mesmo ano, se iniciava a campanha do quarto título consecutivo da equipe, igualando o recorde do Saint-Étienne e Marseille, sendo Juninho no final da campanha, eleito para a seleção do torneio novamente.
        Porém, com as duas equipes em baixa no cenário nacional, não foi muito difícil para quebrar o recorde de títulos consecutivos. E isso aconteceu em 2006, uma das principais temporadas de Juninho do clube, sendo eleito o melhor jogador da temporada e, pelo quinto ano consecutivo, para a seleção do torneio. O domínio no cenário nacional ainda durou mais duas temporadas. Porém, nesses duas temporadas, Juninho já não demonstrava ser o mesmo de antes, devido a sua idade avançada. Ainda assim, foi importante para a equipe, com suas assistência e tentos de falta, como na campanha do título da Copa da França de 2008.
         Apesar do domínio no cenário nacional, o Lyon nunca conseguiu o mesmo no cenário europeu. Apesar de em suas duas primeiras temporadas disputando a Liga dos Campeões da UEFA, o clube ter terminado em terceiro em seu grupo, passando a disputar a Copa da UEFA, o Lyon conseguiu na terceira, quarta e quinta temporada de Juninho no clube, chegar as quartas de final, sua melhor colocação na competição. Nessas três temporadas, o Lyon terminou em primeiro em seu grupo, à frente de Bayern Munique, Manchester United e Real Madrid, respectivamente. Já na sexta, pela segunda vez, o Lyon terminou à frente do Real Madrid em seu grupo, porém, dessa vez caiu nas oitavas de final.
        Em sua última temporada na equipe de Lyon, Juninho teve atuações destacadas, porém, nessa temporada, o clube não terminou pela primeira vez desde sua chegada, como campeão. A equipe terminou apenas em terceiro na classificação geral, perdendo o título para o Bordeaux. Sua última partida com a camisa do Lyon aconteceu na vitória sobre o Caen, em 23 de maio de 2009. Ainda na partida, Juninho marcou seu último e centésimo gol com a camisa do Lyon. Juninho é considerado o maior ídolo da história da equipe francesa.
Al – Gharafa – Pé de Meia
       Tendo recebido propostas tanto de clubes internacionais, como brasileiros, Juninho acabou acertando com o mundo árabe, para defender o Al-Gharafa, do Qatar. Usando a camisa número cinco e com um contrato de duas temporadas, logo em sua temporada de estreia, conquistou três títulos: a Qatar Stars Cup, o Campeonato Qatari (sendo o tricampeonato consecutivo do Al-Gharafa) e a Qatar Crown Prince Cup. Logo após a conquista do último, também foi eleito o melhor jogador da temporada no Qatar.
Vasco da Gama – Amor à Camisa
       Após não renovar seu contrato com o Al-Gharafa, Juninho acertou seu retorno ao Vasco para encerrar sua carreira, dez anos após deixar o clube rumo à França. Tendo sido anunciado oficialmente em 27 de abril de 2011, Juninho abriu mão do seu alto salário no futebol do Qatar para receber durante seu período no clube um salário mínimo (545 reais).
Sua reestreia aconteceu em 6 de julho na derrota de virada por 2 x 1 para o Corinthians. Tendo iniciado a partida como titular, Juninho marcou o primeiro gol da partida logo aos dois minutos, numa cobrança de falta. Porém, o Vasco acabou sofrendo a virada ainda no primeiro tempo, não conseguindo reverter o placar. Juninho foi o capitão do time e um dos principais responsáveis pelas ótimas campanhas do Vasco nas competições que disputou.  Em 2011 levou o time ao segundo lugar do Campeonato Brasileiro de Futebol na melhor campanha do clube na história em pontos corridos. No mesmo ano levou o time as semifinais da Copa Sul-Americana feito inédito no clube. Na sua passagem pelo Vasco, Juninho marcou 19 gols pela equipe e estabeleceu um recorde de gols em uma só temporada pelo Vasco: foram 14 gols em 2012.
New York Red Bulls – Decepção
     Em 17 de dezembro de 2012, Juninho acertou sua ida para o New York Red Bulls. Juninho estreou pelo New York Red Bulls, em uma partida, em que atuou apenas por 36 minutos, onde, o New York Red Bulls venceu o Malmö por 3 a 2, em Bradenton, na Flórida. E marcou seu primeiro gol em 17 de fevereiro de 2013, Mas sua equipe acabou perdendo o jogo por 3 a 1. Recebeu passe de Thierry Henry e marcou.
     Em 3 de Julho de 2013 ele anuncia sua rescisão com o clube, alegando pouco rendimento e má relação com o treinador da equipe “Não estava me sentindo bem em campo, sem render o que poderia. Minha relação com o treinador (Mike Petke) dificultava ainda mais. Resolvi sair agora e quero agradecer ao clube a oportunidade de desfrutar da MLS (Major League Soccer)”, explicou em texto divulgado no Facebook.
Vasco da Gama - Aposentadoria
     Após sete meses de rejeitar a renovação de contrato no Vasco, Juninho volta à Colina. No dia 11 de julho de 2013, o Vasco anunciou o retorno de Juninho ao clube.
      Juninho reestreou com a camisa do Vasco no dia 21 de julho de 2013, contra o Fluminense. Marcou o primeiro gol da partida no novo Maracanã, e deu uma assistência para o gol de André, ajudando o Vasco a sair com a vitória. Logo na sua segunda partida Juninho marcou mais um gol e foi destaque da partida ajudando o Vasco vence o Criciúma em São Januário por 3 a 2. Em um jogo contra o Santos no Maracanã, Juninho sente uma lesão muscular na coxa enquanto cobrava a falta. Mas o jogo terminou empatado 2 a 2.

Ø  Aposentadoria
Juninho havia confirmado de que se aposentaria logo após o fim do Campeonato Carioca de 2014, mas isso acabou acontecendo antes do tempo, foi anunciado pelo presidente do clube carioca Roberto Dinamite no dia 29 de janeiro após a goleada por 4 a 0 do Vasco da Gama no Carioca, de que Juninho confirmou sua aposentadoria aos 39 anos, sua declaração oficial foi no dia 3 de fevereiro de 2014, ele falou de sua carreira e se emocionou ao agradecer ao Vasco e ao Sport Recife. Juninho jogou 795 vezes e marcou 204 gols.
   
Ø  Prêmios Individuais
Bola de Prata: 2000
Melhor Jogador Estrangeiro do Campeonato Francês: 2004
Seleção do Campeonato Francês: 2004, 2005, 2006
Melhor Jogador do Campeonato Francês: 2006
Bola de Ouro da UEFA : 2001
Melhor Jogador do Qatar: 2010
Jogador do ano: Melhor jogador do Vasco nas temporadas 1996, 1999 e 2012.




Ø  Juninho também foi Seleção!
Ganhou o torneiro Toulon em 1995 e Copa das Confederações em 2005. 40 Jogos e 6 Gols




Ø TOP 5: Juninho Pernambucano escolhe seus gols de falta mais bonitos
Há muito tempo Juninho Pernambucano é conhecido no mundo por sua qualidade nas cobranças de falta. Há dois anos ele fez um balanço de sua carreira, e escolheu os cinco gols de falta mais bonitos de sua carreira:

·         1998: River Plate 1 x 1 Vasco – semifinal da Taça Libertadores
Juninho considera este gol na lista pela beleza, e pela importância: com o gol, o Vasco se classificou para a final da Libertadores, onde derrotou o Barcelona de Guayaquil e conquistou a América. “O jogo estava perto do fim. Quando aconteceu a falta, pensei que era nossa chance. Estava um pouco longe, mas sempre treinei bem. Sabia que se acertasse a gente poderia ir à final. Fui para a bola, e graças a Deus deu tudo certo. Até hoje a torcida lembra”, declarou ao Globoesporte.com.

·         2003: Bayern 1 x 2 Lyon – Liga dos Campeões
Em uma pancada de fora da área, Juninho fez o astro Oliver Kahn de coadjuvante no lance, que garantiu a vitória francesa em Munique. “Ganhar do Bayern é sempre muito complicado, principalmente na casa deles. Estávamos bem na partida, mas estava complicado. Aí teve uma falta de bem longe, e eu fui para a bola. Acabei acertando no ângulo do Oliver Kahn, que não chegou nem perto da bola. Acredito que foi um dos gols mais bonitos que já fiz”, avaliou.

·         2006: Ajaccio 1 x 3 Lyon – Campeonato Francês
A partida, realizada na Córsega, estava difícil, com o Lyon não conseguindo furar a retranca do Ajaccio, quando Juninho acertou uma cobrança que abriu o placar. “O Ajaccio é um clube intermediário, mas que dificulta muito o jogo. Eles se fecharam e nós não conseguíamos entrar. O único jeito era em cobranças de falta. Foi quando o árbitro marcou uma falta muito longe da área, mas eu resolvi arriscar. Mesmo de muito longe, consegui colocar um efeito na bola e enganei o goleiro”, explicou.

·         2009: Lyon 1 x 1 Barcelona – Liga dos Campeões
O jogo estava 0 a 0 contra o temido Barcelona, quando o árbitro anotou uma falta na lateral da área para o Lyon. Todos esperavam uma bola cruzada, mas Juninho surpreendeu. “Joguei algumas vezes contra o Barcelona e não me lembro de ter tido um jogo fácil. Teve um jogo na Liga do Campeões em que, logo no início, tivemos uma falta na lateral da área. Todo mundo estava esperando um cruzamento, mas eu decidi bater direto”, relatou.

·         2000: Vasco 3 x 1 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro
Na campanha para o título brasileiro de 2000, um dos destaques foi o belo gol contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte. “No Mineirão, é sempre complicado. Estávamos vindo de um empate e tínhamos que fazer gol. Lembro que tive uma falta na lateral da área e chutei direto para o gol. Acertei o ângulo, e acabamos vencendo por 3 a 1. Mas quando fiz o gol ainda estava 0 a 0″, afirmou.


Ø  Vai continuar sendo Inspiração!




Maay Aveiro

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