segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Qual é a surpresa?
Eu sei, pro botafoguense há surpresa em qualquer derrota, assim como pra qualquer torcedor de time grande. Mas desta vez, convenhamos, não há. Pode se reclamar das quatro derrotas em cinco jogos,é justo. Pode cobrar do técnico uma mudança em um dos cinco jogos, e olhe lá. Pode dizer que o time não correu? Correu.
O diagnóstico é o mais simples que há, porém, o mais comum nos dias de hoje, onde tudo tem que ter um “culpado”. O Vasco é, hoje, mais time que o Botafogo. Simples assim.
Se havia um favorito, era o Vasco. Se um time soube aproveitar melhoras chances que teve e ter qualidade para matar o jogo, este time foi o mais preparado e em melhor fase. Não há nenhum absurdo na derrota do Botafogo, menos ainda na vitória do Vasco.
A noite no Engenhão tirou o Botafogo pela briga por título. Mas pena ainda maior seria o melhor time do país em 2011 deixar essa briga faltando quatro rodadas. E este time é o Vasco.
Dedé não parece muito assustado com a condição de ídolo. Ao contrário da maioria, a Seleção lhe fez bem. O time joga por Ricardo Gomes, pela ressurreição completa do clube e pela vontade de jogar futebol.
Esta semana o Vasco derrubou outra tese cansativa neste país: a de que ninguém pode jogar duas vezes por semana. Essa geração mimadinha precisa jogar e treinar mais do que tem jogado, isso sim. Talvez assim eles aprendam a dar passes de três metros.
Não se apavore botafoguense. As coisas acontecem dentro de um processo meio óbvio. O Fogão está em cima, e não embaixo. O Fogão tem time, tem ídolo e paga em dia. Os primeiros passos estão dados o caneco vem aí. Em 2012, 2013, não sei.
Note que o processo do Fluminense começa em 2007 e só se consagra em 2010. O do Flamengo de 2006 a 2009, e o Vasco começa a colher cedo o que plantou em 2008. Todos eles começaram com uma Copa do Brasil.
As glórias voltarão. Acredite. O Fogão está num bom caminho.
Rica Perrone.

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