domingo, 11 de setembro de 2011

Anos Douradoos ...       

Expresso da Vitória é como é conhecido o que é considerado pela maioria o maior esquadrão de futebol da história do Club de Regatas Vasco da Gama e um dos maiores do Brasil, que jogou entre 1942 e 1952. A denominação teria surgido num programa musical da Rádio Nacional, onde um cantor, ao se apresentar, disse que dedicaria a música ao Vasco, chamado por ele de "Expresso da Vitória", por atropelar seus adversários em campo. O Expresso foi o primeiro time brasileiro a ganhar um título internacional fora do Brasil, o Torneio dos Campeões Sul-Americanos de 1948. Ao todo, foram onze títulos em dez anos, sendo desses cinco Cariocas, dois vencidos de forma invicta. Formou a base da seleção carioca tricampeã do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais em 1943, 1944 e 1946, e da seleção brasileira campeã sul-americana em1949 e levou o Brasil pela primeira vez na história a uma final de Copa do Mundo de Seleções tornando-se vice-campeã do mundo na 50, tendo no elenco da mesma oito jogadores vascaínos mais o técnico, Flávio Costa. Em 1942 assumiu a presidência do Vasco Cyro Aranha. Naquela época, o clube vivia um incômodo jejum de cinco anos sem qualquer título dentro da cidade do Rio de Janeiro. Tentando reverter essa situação, Cyro adotou uma política de longo prazo, baseada na contratação de jovens jogadores. Foi assim que chegaram o goleiro Barbosa, o atacante Ademir, os meias Jair, Lelé, Isaías, Ely e Djalma e o ponta Chico. O técnico era o uruguaio Ondino Viera. O primeiro título veio em 1944, com a vitória no Torneio Relâmpago. Mais tarde na mesma temporada, o elenco ainda viria a conquistar o Torneio Início e o Torneio Municipal. No Campeonato Carioca o Expresso chegou à última rodada empatado em pontos com o arqui-rival Flamengo. No final do jogo decisivo o jogador rubro-negro Valido marcou de cabeça o único gol do jogo, num lance duvidoso. O atacante teria se apoiado no zagueiro vascaíno Argemiro para cabecear. Contudo, o gol foi validado pelo árbitro e o time vascaíno acabou sendo vice-campeão. O ano de 1945 foi o melhor do Expresso em número de títulos. O time foi bi-campeão dos Torneios Início e Municipal e campeão invicto carioca, fato que não ocorria havia mais de duas décadas. Neste carioca produziu diversas goleadas, como os 5x1 sobre o Bangu e os 9x0 sobre o Bonsucesso, a maior goleada do torneio. O time base era composto por Rodrigues, Augusto e Rafanelli, Berascochea, Eli e Argemiro, Djalma, Ademir, Lelé, Isaías e Jair da Rosa Pinto. Em 1946 o Vasco perdeu seu principal atacante: Ademir, que foi para Fluminense. Além dele, saía o uruguaio Ondino Viera e assumia o técnico Ernesto dos Santos. Mesmo com o importante desfalque, o Expresso ainda ganhou naquele ano o Torneio Relâmpago e o Torneio Municipal. Neste, estreava Barbosa, considerado por muitos o maior goleiro vascaíno de todos os tempos. No campeonato Carioca, contudo, o time não passou de um quinto lugar. Em 1947 assumiu o técnico Flávio Costa, tricampeão em 1942, 1943 e 1944 pelo Flamengo, assumindo no lugar de Ernesto. Naquele ano o time foi tetracampeão do Torneio Municipal e mais uma vez campeão carioca invicto. O grande destaque da temporada foi o ataque vascaíno, composto por Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico. No Torneio Municipal foram 40 gols em 10 jogos; no campeonato estadual o time marcou 68 vezes em 20 jogos. Neste, o elenco aplicou diversas goleadas, se destacando os 14 a 1 sobre o Canto do Rio, maior placar da era profissional do futebol carioca. Campeão Sul-Americano de Clubes Campeões Corria o ano de 1948, quando o Vasco foi convidado a disputar o I Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões, no Chile. Participaram os campeões de sete países do continente, jogando num turno único, todos contra todos, contando pontos corridos. Ainda não havia a Copa Libertadores, e essa foi a primeira vez que se criou uma competição com o objetivo de apontar um campeão sul-americano. Pois o Vasco trouxe o caneco, mais uma vez invicto para não perder o costume, mesmo tendo contra si arbitragens tendenciosas e o desfalque de Ademir, que sofreu uma fratura no pé logo no princípio do torneio. Na final dramática contra o River Plate - "La Máquina", como era conhecido na Argentina - um empate sem abertura de contagem garantiu o título do Vasco. Esta conquista, a mais significativa do Expresso da Vitória, é também um marco histórico por ter sido o primeiro título conquistado fora do país por qualquer equipe brasileira, incluindo a Seleção.

 Jogos marcantes da temporada de 1949
A sensação em São Januário em 1949 foi a presenca do inconfundível Heleno de Freitas no comando do ataque, que bateu mais um recorde ao marcar 84 gols em 20 jogos do campeonato carioca. Desta vez o Vasco não deu colher e voltou a ser campeão invicto, a exemplo de 1945 e 47. Um jogo inesquecível desta temporada aconteceu em São Januário contra o Flamengo, que desde a decisão de 1944 não sabia o que era ganhar do Vasco. O Vasco começou perdendo por 2 a 0 e parecia o fim do tabu, mas no final o placar indicava nada menos do que Vasco 5 a 2. Esta derrota desencadeou uma tremenda crise na Gávea, e, segundo dizem, a camisa do Jair Rosa Pinto foi queimada pela torcida rubro-negra, desesperada por mais uma derrota para o Vasco. O Flamengo somente voltaria a derrotar o Vasco em 1951, após a volta de Flávio Costa ao clube.
Causou também grande repercussão a vitória sobre o Arsenal, primeiro time da primeira divisão inglesa a visitar o Brasil. O Arsenal, campeão inglês do ano anterior e considerado um dos times mais poderosos do Reino Unido, chegou botando banca venceu o Corinthians e empatou com o Palmeiras em São Paulo e, em sua primeira partida no Rio, venceu com facilidade um combinado Fluminense-Botafogo. Coube ao Vasco mostrar aos ingleses o que o futebol brasileiro tinha de melhor, derrotando-os por 1 a 0, gol do ponta-direita Nestor.

 A base da seleção vice-campeã mundial de 1950

Na Copa de 1950, disputada no Brasil, a seleção brasileira era tida como a melhor do mundo, mas acabou deixando o título escapar em pleno Maracanã, para o Uruguai. Apesar disso, ninguém nega a qualidade daquele time, que contava com seis jogadores do Vasco na sua habitual formação titular - Barbosa, Augusto, Danilo, Maneca, Ademir (artilheiro da Copa) e Chico - e dois entre os reservas - Eli e Alfredo. Mais dois do elenco, Friaça e Jair, eram ex-jogadores do Expresso da Vitória. O ponta vascaíno Tesourinha havia sido cortado às vésperas da Copa por contusão, e o atacante Ipojucan estava pré-selecionado, mas acabou sobrando quando o técnico Flávio Costa, também do Vasco, reduziu o grupo para 22 jogadores. Até o massagista Mario Américo era do Vasco.
Menos de um ano depois da tragédia da Copa de 1950, o Vasco realizou uma excursão ao Uruguai, deu de 3 a 0 no Peñarol - a base da seleção uruguaia campeã mundial - e, no Rio, ganhou de 2 a 0 tanto do Peñarol como do Nacional - que completava aquela seleção - lavando a alma dos brasileiros.

O primeiro campeonato do Maracanã

Assim que foi encerrada a Copa de 1950, teve início o primeiro campeonato carioca da era do Maracanã. O Vasco perdeu seus três primeiros clássicos, mas recuperou-se e não sofreu mais nem um empate sequer. A equipe chegou à última rodada com um ponto de vantagem sobre o América e o derrotou por 2 a 1, com dois gols de Ademir, sagrando-se bicampeão carioca.

 O último título do Expresso da Vitória

Em 1952, o Vasco, que atingira seu ponto técnico mais alto dois anos antes, partiu para novas mudanças no elenco, não sem antes ter o seu canto do cisne, ao conquistar por antecipação o campeonato carioca. Apesar de desacreditado pela imprensa, que considerava o Expresso um time "velho", o Vasco se sagrou campeão na penúltima rodada, ao vencer o Bangu por 2 a 1. Após o último jogo, em São Januário contra o Olaria, o técnico Gentil Cardoso, ao ser carregado nos ombros em triunfo pela torcida, não perdeu a oportunidade de dar mais uma de suas famosas tiradas, declarando: "Eu estou com as massas, e as massas derrubam até governo". Foi demitido no dia seguinte. Porém era chegada a hora de substituir glórias antigas por jovens promessas.
 Títulos
·         1944 - Campeão do Torneio Relâmpago e Campeão do Torneio Municipal.
·         1945 - Bi-Campeão do Torneio Municipal e Campeão Carioca invicto.
·         1946 - Campeão do Torneio Relâmpago e Tri-Campeão do Torneio Municipal.
·         1947 - Tetra-Campeão do Torneio Municipal e Campeão Carioca invicto.
·         1948 - Campeão dos Campeões Sul-Americanos.
·         1949 - Campeão Carioca invicto.
·         1950 - Bi-Campeão Carioca.
·         1952 - Campeão Carioca.
·         1953 - Campeão do Torneio Internacional Rivadávia Corrêa Meier.
Jogadores Ilustres
·         Ademir - Ademir Marques de Menezes
·         Augusto - Augusto da Costa
·         Barbosa - Moacir Barbosa
·         Bellini - Hilderaldo Luiz Bellini
·         Chico - Francisco Aramburu
·         Danilo - Danilo Alvim
·         Eli - Ely do Amparo
·         Friaça - Albino Friaça Cardoso
·         Ipojucan - Ipojucan Lins de Araújo
·         Jorge - Jorge Dias Sacramento
·         Lelé - Manuel Peçanha
·         Maneca - Manoel Marinho Alves
·         Rafagnelli - Ramon Roque Rafagnelli
·       Sabará - Onofre Anacleto de Souza
·         Tesourinha - Osmar Fortes Barcellos


5 comentários:

  1. Isso sim é história de verdade, um time com tradição se chama Clube de regatas vasco da gamaa!O resto é o Restoo...

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  2. - Queria ter esse time de volta.! .. Mas aquela foi a época deles.! .. E eu sou muito grato a tudo que fizeram por nosso Club.! S.V

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  3. SOU VASCAINO DESDE O DIA QUE O VASCO APLICOU A MAIOR VITORIA DO FUTEBOL PROFISSIONAL DO RIO, 06 DE SETEMBRO DE 1947, NESTE DIA EU COMPLETAVA 10 ANOS DE IDADE, DURANTE ESTES 67 ANOS MINHA PAIXÃO SÓ AUMENTA CADA VEZ MAIS PELO VASCO.DURANTE ESTE TEMPO, FIZ UM ARQUIVO DE TUDO DO VASCO, AGORA MONTEI UMA HISTORIA COM TUDO DO CLUBE, DA FUNDAÇÃO ATE AGORA, ESTATISTICAS DE TODOS OS TITULOS COM MAIS DE 120 FOTOS. BREVE VOU PUBLICA-LOS NO FACE. ELVECIO GERALDO GONÇALVES.

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  4. SOU DA CIDADE DE ROSÁRIO DA LIMEIRA M.G. QUEM QUIZER CONHECER ESTA BELA HISTORIA, É SÕ ENTRAR EM CONTATO NO FACE. ELVÉCIO.

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