sexta-feira, 2 de setembro de 2011


A Volta do que não foi!

Quando o Vasco caiu, eu chorei. Quando o Vasco voltou eu chorei copiosamente. Sou meio assim: Choro de dor, mais choro mais de amor. E quem, dentre os habitantes deste gigantesco planeta de torcedores do Vasco, não é mesmo assim? Vascaíno, aquele do amor infinito sofre quando é preciso sofrer. Mas absorve o impacto, segura a onda, respira fundo e começa a lutar. Foi assim quando nos disseram que os negros não eram bem vindos no futebol. Foi assim quando inventaram o tapetão e mandaram avisar que sem estádio o Vasco não podia mais jogar contra os “grandes” que já tinha lá os seus campinhos.
Vascaíno, o da imensa torcida é bem feliz, não dá mole. Vai ao fim do mundo, como o navegante do seu nome e faz acontecer, E acontecer, com o Vasco, não é um evento comum, corriqueiro. Acontece, quando se trata de Vasco, é sempre arrebatador, grandiloqüente, espetacular.
Voltar a série A, não fugiu à regra costumeira da história do Vasco. Foi um deslumbre. A decisão de jogarmos no Maracanã nossos principais jogos foi a pedra de toque de um caminho que começou com Carlos Alberto, Dorival Júnior, Rodrigo Caetano, Fernando Prass, Ramom, Éltón, Fernando, Titi, Paulo Sérgio, Alex Teixeira, Amaral, Gian, Nilton, Adriano, Vilson, Souza, e tantos outros não citados aqui, homens de fato, craques no caráter e na compostura, incondicionais nas suas vontades de escrever um capítulo a mais, na história de um Club e da sua torcida que não se rendem jamais. Com esses e com Roberto Dinamite, o craque dos craques no campo e fora dele o Vasco jogou a série B no centro do mundo, aos olhos do universo. Não se escondeu. Não submergiu. Não se apequenou jamais. Ao contrário: o Vasco deu as caras. Entrou forte e saiu poderoso. Entrou grande e saiu colossal. Entrou temido e saiu amedrontador em sua grandeza e na força única da nação, que o apóia por onde ele passar.
Daria medo ver o tamanho do Vasco se eu não fosse vascaíno. Com todo o respeito aos que estão ou estarão lá, o Vasco nunca foi série B.
Esse foi um dos grandes segredos para o seu sucesso. Ele esteve lá, mas nunca foi efetivamente alguém de lá.
E como vence por todos os lugares por onde já passou, já foi campeão por lá também, que é certo a fazer para quem nunca mais vai voltar. O Vasco acreditem, nunca foi tão grande. Aliás, mentira, sempre foi deste tamanho sem medidas que o possam definir. Porque o Vasco mostrou outra vez que, ao lado do seu povo, é imbatível. Onde quer que ele não vá. Como uma tal de série B.
Fábio Fernandez


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